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Receios na sexualidade
Um assunto tão instigante e ao mesmo tempo causa medo, é a nossa sexualidade.
Sabe qual é o nosso primeiro medo ao ouvir falar sobre este assunto?
É falar sobre ele. Isso mesmo, o medo de falar sobre nos faz calar e damos a desculpa que é um assunto tão íntimo que não devemos ficar abrindo.
Concordo que a sexualidade é, para muitas pessoas, um assunto íntimo. Mas para quem abrimos nossa intimidade e de que maneira?
Há um medo de falar sobre algo tão nosso, mas recheado de tabus e medos, coberto de pecados e imposições.

Sexualidade não é apenas sexo, é o toque, o abraço, o gesto, a palavra que transmite prazer entre pessoas. É a necessidade de receber e expressar afeto e contato que proporcionam agradáveis sensações de prazer.
As mulheres, principalmente, nascem e crescem aprendendo que sexo é pecado, que não devemos e não podemos fazer com qualquer um, que nossa genitália é uma caixinha mágica, que devemos guardar a sete chaves. Para os homens, muitas vezes, é um pouco diferente. Eles recebem a mensagem que homem de verdade é aquele que quer sexo a todo o momento, que homem macho é mesmo o que gosta de mulher, gosta de sexo.
Mas, por que tantas imposições à nossa sexualidade?
São imposições que causam sofrimento. E esse é um dos motivos que as disfunções sexuais, tanto masculinas, quanto feminina estão aumentando cada dia mais. É o famoso dar conta do outro.
Como dar conta do outro se eu ainda não sei dar conta de mim?
Isso é uma pequena gota de um enorme mar de solicitações e imposições que nos faz ter medo de sentir e, consequentemente falar sobre a sexualidade humana.
Sexualidade é muito mais que sexo, que penetração. Sexualidade é a relação que você estabelece consigo e com o outro. É autoestima, visão e sensação que você tem de si e do outro. O afeto que se permite receber e que tem para dar ao outro.
E, a partir disso, nos mostramos como somos, de que maneira nos relacionamos, das migalhas que aceitamos só para ter o outro ao seu lado.
A relação com no corpo, hoje tão exigido o corpo perfeito, nos faz correr atrás de um padrão que nunca alcançaremos, pois estamos insatisfeitas interiormente com nós mesmos. Falta algo aqui dentro e que precisamos mostrar que o corpo está perfeito, por que dentro está imperfeito ou muitas vezes vazio.
Estamos vazios sim, porque não nos ensinaram a preencher da maneira que queremos. E quando nos ensinaram, por algum motivo, desistimos, pelo trabalho que dava.
É aí que está a dificuldade de viver, sentir e falar de nossa sexualidade. E esta dificuldade está acompanhada com muito sofrimento de atender exigências que não queremos e não sabemos o porquê precisamos atender.
Está na hora de cada um buscar o que é seu, construir a sua identidade e entender o que é prazer para você e para o outro.
Está na hora de conhecer seu corpo, do prazer e a dor que ele proporciona. De aceitá-lo gordo ou magro, mas com a condição de saúde.
Está na hora de filtrar as imposições que recebemos, permitir viver, entregar-se ao que acreditamos.
Está na hora de perder o medo de viver a sexualidade, sentir o corpo e ser feliz consigo mesmo.
O que é seu?
O que é do outro?
Pense!
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